EDUCAÇÃO EM ESPAÇOS NÃO FORMAIS: A PRODUÇÃO DE ROTEIRO CIENTÍFICO PARA O MERCADO DO VER-O-PESO
Resumo
O conhecimento não está presente exclusivamente no espaço escolar. Os espaços de educação não formal têm se constituído ambientes complementares que favorecem práticas pedagógicas diferenciadas. O presente trabalho buscou responder a seguinte pergunta de pesquisa: como alunos, futuros professores, apropriaram-se dos espaços locais e dos conhecimentos pertinentes, para produzirem roteiros científicos, como recurso significativo para a educação em ciências? A pesquisa se configurou como qualitativa, na modalidade de pesquisa-ação. Para fins deste artigo, selecionamos o roteiro “Ver-o-Peso e as plantas medicinais”. O tema “ervas medicinais” representou aspecto central do roteiro; entretanto, os alunos não recorreram aos conhecimentos dos (as) erveiros (as), na descrição das propriedades medicinais das ervas comercializadas no Ver-o-Peso, optaram por recorrer à internet como fonte de informação. Se os mesmos recorressem aos conhecimentos dos (as) erveiros (as) poderiam realizar o confronto das propriedades medicinais indicadas, com a literatura científica e, a partir daí, apoiá-los nos seus conhecimentos ou discutir as possíveis incongruências, o que conferiria maior originalidade ao roteiro. Mas, isso não se aplicaria ao campo mítico. De um modo geral, a análise do roteiro revelou a pouca autonomia dos alunos, no que diz respeito à autoria.