CURRÍCULO E ENSINO DE CIÊNCIAS: PELAS VIAS DA DIFERENÇA
Resumo
O texto traz uma discussão acerca do ensino de ciências, que se baseia em teorias e práticas curriculares que desqualificam saberes dos grupos marginalizados, negando possibilidades de uma educação em ciências que inclua os conhecimentos dos diversos grupos sociais. Tem como objetivo problematizar o currículo de ciências que tem na sua organização, os saberes oficiais “científicos” como portadores de uma “identidade pedagógica”, que como tais são considerados como saberes relevantes a serem ensinados, o que tem reafirmado a hegemonia de determinados grupos e silenciado outras vozes. Trata-se de uma pesquisa que utiliza como instrumento para pensar um currículo de ciências as teorias da Filosofia da Diferença de Gilles Deleuze e Félix Guatarri. Para tanto toma como conceito principal as ideias de rizoma e transversalidade. Como resultados, argumenta que através da ideia de currículo transversal/rizomático, o ensino de ciências pode promover a integração entre os saberes científicos e os saberes populares, proporcionando a conexão dos conhecimentos, o que contribuirá para se repensar uma proposta curricular escolar por outras perspectivas, em que caibam efetivamente as diferenças.