CONSCIÊNCIA DO ESPAÇO: GEOGRAFIA, SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
Resumo
As determinações da geografia, da história, da sociedade, da cultura e da educação engendram-se de forma complexa e se refletem diferenciadamente como visão social de mundo em cada formação espacial, em cada região e lugar; enquanto vivência atrelada ao modo de vida. A consciência o espaço de cada pessoa, grupo, ou classe social, têm nexos a estes determinantes, bem como as percepções e interpretações gerais dos valores associados a cada vivente. Assim, buscamos entender os nexos da dialética concreta da realidade, a partir das experiências de ensino e de campo, de forma interdisciplinar, dando relevância aos significados e aos sentidos das Ciências Humanas correlacionando-os à análise do meio-ambiente e configuração territorial; seus potencias paisagísticos, e questões ligadas à gestão e ao ensino. Nesse sentido, buscamos compreender a dimensão pedagógica e meta-pedagógica do desenvolvimento da consciência do espaço enquanto dimensão ontológica da totalidade viva e complexa. Todas as questões trabalhadas e levantadas estão associadas a complexidade da acepção geográfica ao discorrermos sobre a noção de potencias paisagísticos e do turismo local, no município de Ibicoara (Bahia). Portanto, operamos nexos com o conhecimento teórico e empírico integradamente na sala de aula e nas aulas de campo, e nas viagens nas viagens de exploração e reconhecimento dessa região nos últimos 30 anos de magistério na UESB. O método resgata a noção de valor do espaço e da vida dos potenciais paisagísticos da biodiversidade, em liame a emergência de novas territorialidades ligadas a expansão do ecoturismo, de agriculturas familiares e de exportação, e do cotidiano urbano e rural. Destaca-se a emergência da questão hidrográfica e do uso do solo devido as vantagens da situação geográfica desse município. Ademais, a produção do espaço e os impactos ambientais e as novas formas do uso do território estão conexas as perspectivas da gestão municipal e seu rebatimento na organização do espaço geográfico. Por fim, reforçamos a necessidade de uma educação ecológica centrada na estratégia de um saber para o desenvolvimento sustentável atento as demandas sociais ligadas à dinâmica do mercado e das redes geográficas; considerando o princípio da causalidade e o papel da consciência geográfica, por uma política econômica de desenvolvimento participativo que promova a cidadania plena, inserindo as comunidades locais. De modo a promover o intercâmbio de conhecimentos e experiências junto a rede de ensino em todos os níveis.