Variação no uso da partícula apassivadora “se” e a intenção linguística na educação: estudo em uma escola pública de Abaetetuba/Pará
Variation in the use of the Passive Particle “se” and linguistic intention in education: a study in a public school in Abaetetuba/Pará
Resumo
Este artigo tem como objetivo analisar o uso da partícula apassivadora “se” como sujeito da oração por alunos de uma escola pública em Abaetetuba/Pará, buscando entender possíveis variações nesse uso. Os objetivos específicos são: a) Discutir sobre a partícula apassivadora no âmbito da Sociolinguística Variacionista em contraponto ao que está presente na tradição gramatical e b) Apresentar os procedimentos metodológicos utilizados nesta pesquisa, assim como a análise dos dados obtidos. Logo, esta análise fundamenta-se no âmbito da Sociolinguística à luz de Bortoni-Ricardo; Bagno (2015) sobre a Partícula Apassivadora “se”; entre outros autores. Como resultado, a concordância do verbo com “se” foi crucial para observar uma variante comum entre falantes brasileiros, como indicado por Bagno (2015) e, logo, os alunos mantiveram o verbo no singular para preservar o sentido das orações.
Referências
BORTONI-RICARDO, Stella Maris. Educação em língua materna: a sociolinguística em sala de aula. São Paulo: Parábola Editora, 2004.
CARDOSO, Caroline Rodrigues; COBUCCI, Paula. Concordância de número no português brasileiro. In: Bortoni-Ricardo, Stella Maris (org.). Por que a escola não ensina gramática assim? São Paulo: Parábola, 2014.
COELHO, Izete Lehmkuhl et al. Sociolinguística. Florianópolis: LLV/CCE/UFSC, 2010.
LABOV, William. Padrões Sociolinguísticos. São Paulo: Parábola, 2008.
LIMA, Carlos Henrique da Rocha. Gramática Normativa do Português do Brasil (PB). 58. ed. rev. e ampl. segundo o novo acordo ortográfico. Rio de Janeiro: José Olympio, 2021