Tabatinga e Letícia: cidades amazônicas, cidades-gêmeas
Resumo
A forma de viver e pertencer as bordas do território nacional, significa quase sempre ser submetido ao padrão homogêneo de intervenção que muitas vezes desconsidera as especificidades que caracterizam a fronteira. Este artigo tem como objetivo analisar as cidades-gêmeas de Tabatinga (Brasil) e Letícia (Colômbia), como cidades amazônicas e cidades gêmeas. A criação das duas cidades, tiveram como pano de fundo em processos de ocupação com ênfase na política de Estado de ordem de defesa e segurança nacional. Sua ocupação teve como pressuposto a integração das regiões fronteiriças aos espaços Nacionais. As implicações dessa conurbação criam processos de interdependência e complementaridade, que se justificam pela aparente falta de presença do poder central. A metodologia utilizada para a elaboração do trabalho privilegiou a leitura e análise de um conjunto bibliográfico, o qual aborda em seu escopo à temática concernente aqui exposta. O referencial teórico teve por base os trabalhos de Lia Machado e Flávio Euzébio. Suas relações de interdependência, são motivo de sobrevivência e ela é buscado não pelo estado Nação, não por seus agentes envolvidos nas relações internacionais formais, mas sim pelo cidadão fronteiriço.