CAMPESINATO E CAMPESINIDADE NA VILA AMAZÔNIA (PARINTINS/AM): UM ENSAIO GEOGRÁFICO FENOMENOLÓGICO

  • Anderson de Souza Tavares UFAM

Resumo

Os avanços das técnicas e tecnologias desde a Revolução Industrial, impulsionadas pelo capitalismo, provocaram mudanças infraestruturais em diversos espaços rurais. O campo, hoje, vem adquirindo novos significados, levando o campesinato a construir novas identidades. Nesse sentido, a Vila Amazônia, na zona rural do município de Parintins, no estado do Amazonas, aparece como um exemplo concreto dessas mudanças no modo de vida campesino contemporâneo, influenciado por agentes externos, que interferem na forma como o espaço é vivido pelos camponeses. Desde o final do século XX, a Vila Amazônia se tornou alvo de mudanças em sua infraestrutura, absorvendo configurações urbanísticas que passam a compor o cotidiano dos camponeses dessa localidade. Este
trabalho resulta de investigações acerca da percepção do espaço vivido pelos moradores de Vila Amazônia, tomando como referência uma abordagem fenomenológica, considerando o campesinato como modo de vida desses moradores, utilizando-se dos conceitos de geograficidade, proposta por Eric Dardel, e campesinidade, proposta por Klaas Woortmann, através de pesquisa qualitativa ao longo de 18 meses. Como resultados, percebeu-se que a presença de configurações urbanísticas no espaço de vida daqueles moradores influencia fortemente seus modos de vida, criando novos hábitos e mudando suas formas de se relacionar com o espaço vivido.

Publicado
2020-09-23
Como Citar
TAVARES, Anderson de Souza. CAMPESINATO E CAMPESINIDADE NA VILA AMAZÔNIA (PARINTINS/AM): UM ENSAIO GEOGRÁFICO FENOMENOLÓGICO. Marupiara | Revista Científica do CESP/UEA, [S.l.], n. 6, p. 39-54, set. 2020. ISSN 2527-0753. Disponível em: <https://periodicos.uea.edu.br/index.php/marupiara/article/view/1910>. Acesso em: 25 abr. 2024.
Edição
Seção
Artigos