MON PAYS EST UNE MOSAÏQUE: LÍNGUA FRANCESA E LITERATURA EM CABO VERDE

  • Rui Guilherme Seligmann-Silva Universidade de Coimbra / Universidade da Madeira

Resumo

Este texto apresenta algumas considerações sobre a presença da língua francesa e das suas literaturas na poesia moderna de Cabo Verde. Assim, distinguem-se em primeiro lugar a recusa e a seleção da modernidade francófona por parte das gerações de José Lopes e de Jorge Barbosa, respetivamente. Assinala-se depois a profícua aceitação do Simbolismo ou do Surrealismo em poetas como Mário Fonseca, Jorge Carlos Fonseca, Valentinous Velhinho e J. L. Hopffer C. Almada. Finalmente, destacam-se os dois maiores poetas cabo-verdianos das últimas décadas, João Vário e Arménio Vieira, referindo-se alguns dos aspetos que, nas suas obras, melhor testemunham a aprendizagem com os mestres de língua francesa. Arménio Vieira encontra nas obras de Lautréamont ou de Pierre Reverdy a sua Estrada de Damasco. O livro Exemple Restreint, escrito diretamente em francês (em 1969) e muito devedor de Saint-John Perse, ocupa um lugar axial em toda a obra poética de João Vário.

Publicado
2017-05-22
Como Citar
SELIGMANN-SILVA, Rui Guilherme. MON PAYS EST UNE MOSAÏQUE: LÍNGUA FRANCESA E LITERATURA EM CABO VERDE. ContraCorrente: Revista do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas, [S.l.], n. 7, p. 136-149, maio 2017. ISSN 2525-4529. Disponível em: <https://periodicos.uea.edu.br/index.php/contracorrente/article/view/562>. Acesso em: 19 abr. 2024.