MALANGATANA E A MÁQUINA DE GUERRA – ULTRACOLONIALISMO PORTUGUÊS E ESTRATÉGIAS DE RESISTÊNCIA

  • Fábio Salem Daie USP

Resumo

Ao abordarmos a obra de um artista como Malangatana Valente Ngwenya – e de parte representativa de escritores moçambicanos como José Craveirinha, Luis Bernardo Honwana e Noêmia de Sousa –, é preciso levar em conta o contexto sócio-econômico de Moçambique durante o período de 1930-1960, sob o domínio colonial português. Não obstante a presença lusitana na região remontar o século XV e embora a independência da colônia tenha ocorrido apenas em 1975, é ao longo dessas três décadas do século XX que o mesmo sistema alcançará o auge do processo de exploração econômica e de repressão social, funcionando, portanto, como representação máxima do esforço colonial português; processo definidor do legado de guerra e pobreza material que marcará o período pós-independência; e mecanismo que, por sua própria brutalidade, gerará as forças contrárias que contribuirão para o seu término, inclusive pela luta armada, a partir de 1961 – ano de surgimento da Frente de Libertação de Moçambique – FRELIMO.

Publicado
2017-05-22
Como Citar
DAIE, Fábio Salem. MALANGATANA E A MÁQUINA DE GUERRA – ULTRACOLONIALISMO PORTUGUÊS E ESTRATÉGIAS DE RESISTÊNCIA. ContraCorrente: Revista do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas, [S.l.], n. 7, p. 75-84, maio 2017. ISSN 2525-4529. Disponível em: <https://periodicos.uea.edu.br/index.php/contracorrente/article/view/557>. Acesso em: 20 abr. 2024.