QUINTILIANO E AS EMOÇÕES: PÁTHOS E ÊTHOS

  • Jefferson da Silva Pontes UFJF

Resumo

Quintiliano, nas primeiras linhas do capítulo II do sexto livro da Institutio oratoria, esclarecendo que os afetos são o modo mais eficaz para o orador mover os ânimos dos juízes, apresenta-nos dois aspectos da atuação forense que devem estar presentes já na formação dos oradores: 1) o páthos, chamado, em latim, adfectus, que abarca os trabalhos da ordem das paixões e das emoções e 2) o êthos, o qual, para Quintiliano, não tem correspondente na língua latina, e assume os conteúdos acerca do caráter e da moral. Utilizando esses artifícios, os oradores deverão representar o infortúnio dos seus clientes empregando as uisiones, técnica, chamada pelos gregos de phantasia, a qual consiste em representar na mente as imagens das coisas ausentes como se elas estivessem diante dos nossos olhos, a fim de gerar a comoção e dispor o juiz a favor da causa defendida. Nosso interesse consiste em observar como Quintiliano reúne tais contribuições em seu texto e o tratamento desse assunto em sua obra, com base nos seis excertos da Eneida citados diretamente ao longo do segundo capítulo.

Publicado
2017-05-22
Como Citar
PONTES, Jefferson da Silva. QUINTILIANO E AS EMOÇÕES: PÁTHOS E ÊTHOS. ContraCorrente: Revista do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas, [S.l.], n. 6, p. 43-53, maio 2017. ISSN 2525-4529. Disponível em: <https://periodicos.uea.edu.br/index.php/contracorrente/article/view/543>. Acesso em: 28 mar. 2024.