BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE A ESTRUTURAÇÃO RÍTMICA DO HEXÂMETRO HOMÉRICO

  • Beethoven Barreto Alvarez UFF/Unicamp

Resumo

Este artigo apresentará brevemente algumas teorias sobre as origens do metro do hexâmetro homérico a partir do caráter formular e oral da épica antiga, principalmente apoiado nas ideias dos helenistas e estudiosos M. L. West (1996), J. M. Foley (1990) e G. Nagy (1990), para sustentar a observação de que não haja um ethos próprio a cada padrão rítmico ou estrutural desse hexâmetro nem mesmo intenção do autor na composição métrica do verso. Para tanto, no início, tratará especialmente da estruturação métrica do hexâmetro (interior e exterior). Mostraremos, apoiados em bibliografia secundária, como no hexâmetro homérico dificilmente haveria algum ethos próprio relacionado a certos padrões métricos. O que é possível entender a partir dos estudos de Parry (1971) e Lord (1960), especialmente articulados por Foley (1996) e Nagy (1990), ao estabelecerem as relações entre a tradição oral-formular e o metro do verso épico. Em especial, as propostas dos autores relacionam o metro do hexâmetro a uma fraseologia tradicional de épocas anteriores e tendem a segmentar o verso em unidades prosódicas menores.

Publicado
2017-05-22
Como Citar
ALVAREZ, Beethoven Barreto. BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE A ESTRUTURAÇÃO RÍTMICA DO HEXÂMETRO HOMÉRICO. ContraCorrente: Revista do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas, [S.l.], n. 6, p. 9-28, maio 2017. ISSN 2525-4529. Disponível em: <https://periodicos.uea.edu.br/index.php/contracorrente/article/view/541>. Acesso em: 20 abr. 2024.