O ANTAGONISMO DA ENTIDADE-RIO NO IMAGINÁRIO CONSTRUÍDO EM HISTÓRIAS DO RIO NEGRO, DE VERA DO VAL

  • Jandir Silva dos Santos Universidade Federal do Amazonas
  • Cassia Maria Bezerra do Nascimento Universidade Federal do Amazonas

Resumo

Este texto realiza uma leitura dos contos “Águas”, “A cunhã que amava Brad Pitt”, “Curuminha” e “Rodamundo”, todos presentes na obra Histórias do rio Negro, de Vera do Val, a partir das concepções que Torres (2001) oferece acerca da teoria da residualidade, especificamente sobre o conceito de imaginário, e da forma como a autora paulistana apropriou-se do imaginário amazônico a fim de construir em sua ficção o rio Negro como uma entidade divina que, nessas narrativas, acaba antagonizando com o ribeirinho concebido pela autora ao mesmo tempo em que constitui, enquanto ser-água, sua principal forma de subsistência. Para que sejam estabelecidos elos residuais entre ambos os imaginários, o dos antigos ibéricos e o da obra de do Val, serão traçados paralelos entre entidades semelhantes que surgem em episódios específicos da mitologia greco-romana, tais como registrados por Commelin (1988), Franchini e Seganfredo (2005) e Bulfinch (2006). Tais episódios serão necessários na composição do ente-rio antagônico, tal como observado nos textos em Histórias do rio Negro.

Publicado
2019-12-30
Como Citar
SANTOS, Jandir Silva dos; NASCIMENTO, Cassia Maria Bezerra do. O ANTAGONISMO DA ENTIDADE-RIO NO IMAGINÁRIO CONSTRUÍDO EM HISTÓRIAS DO RIO NEGRO, DE VERA DO VAL. ContraCorrente: Revista do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas, [S.l.], n. 10, p. 129-144, dez. 2019. ISSN 2525-4529. Disponível em: <https://periodicos.uea.edu.br/index.php/contracorrente/article/view/1639>. Acesso em: 26 abr. 2024.