Chamada de Trabalhos / Call for papers para a Edição de nº 19 (2022.2)

2022-08-26

A edição de nº 19 será dedicada ao tema: A DIVERSIDADE DO MUNDO: PESQUISAS INTERSECCIONAIS E ROTEIROS DE RECONSTRUÇÃO DAS CIÊNCIAS HUMANAS.

Organizadores: Prof. Dr. João Miguel Teixeira Lopes (UPORTO), Profa. Dra. Gimima Beatriz Melo da Silva (PPGICH-UEA) e Prof. M.e Rafael Seixas de Amoêdo (Uninorte/Ser Educacional).

Os trabalhos deverão ser enviados pelo sistema da revista, seguindo as diretrizes estipuladas, impreterivelmente entre 25 de agosto de 2022 a 05 de outubro de 2022 com previsão de publicação no primeiro trimestre de 2023. 

*Dúvidas e outras informações, enviar exclusivamente e-mail para: contracorrente.uea@gmail.com 

Resumo da proposta

Respeitar a especificidade de cada forma de opressão e desigualdade é um tributo que se presta à análise concreta de situações reais, sem a priori preconceituosos. Na verdade, quer a posição social, quer a sua representação através das identidades não são unidimensionais e jogam-se num jogo com várias disputas.  

Relembremos a origem do termo, cunhado pela jurista afro-americana Kimberlé Crenshaw, para dar conta da inadequação das sentenças face a mulheres negras vítimas de violação, abuso e violência doméstica, uma vez que a sua situação só era compreensível (Crenshaw,202: 173) na articulação da opressão de raça e de gênero. Nas suas palavras:  “Assim como é verdadeiro o fato de que todas as mulheres estão, de algum modo, sujeitas ao peso da discriminação de gênero, também é verdade que outros fatores relacionados com as suas identidades sociais, tais como classe, casta, raça, cor, etnia, religião, origem nacional e orientação sexual, são diferenças que fazem diferença na forma como vários grupos de mulheres vivenciam a discriminação. Tais elementos diferenciais podem criar problemas e vulnerabilidades exclusivos de subgrupos específicos de mulheres, ou que afetem desproporcionalmente apenas algumas mulheres” (Crenshaw, 2002: 173).

Estudar as formas concretas de cruzamento e interação entre as desigualdades e as opressões, bem como os movimentos e ações coletivas que as combatem, contribui para alargar a compreensão do capitalismo contemporâneo e de como, no seu interior, operam conjugadamente, embora com relativa autonomia, o patriarcado, a homofobia e o racismo. Desta forma, renova-se o cânone da teoria social, abrindo novos horizontes sobre a complexidade nas Ciências Humanas e sobre as possibilidades de romper com a reprodução sistêmica.

 

DIRETRIZES DE PUBLICAÇÃO

O trabalho deve ser digitado em Word for Windows, versão 6.0 ou superior, em papel A4 (21 cm x 29, 7 cm), com margens superior e esquerda de 3 cm e direita e inferior de 2 cm, sem numeração de páginas. A fonte deverá ser Times New Roman, tamanho 12, em espaçamento 1,5 entre linhas e parágrafos, com alinhamento justificado. Entre texto e exemplo, citações, tabelas, ilustrações, etc., utilizar espaço duplo.

Os artigos devem ter extensão mínima de 15 e máxima de 20 páginas, incluindo todos os dados, como tabelas, ilustrações e referências. Clique aqui para ter acesso ao template de artigo e baixá-lo.

Os relatos devem ter extensão mínima de 3 e máxima de 5 páginas, incluídas as referências.  Clique aqui para consultar ao template de relato e baixá-lo.

As resenhas (devem ser de livros publicados há, no máximo, 3 anos) e ter extensão mínima de 3 e máxima de 5 páginas, incluídas as referências. Clique aqui para ter acesso ao template de resenha e baixá-lo.

As normas e diretrizes completas da Revista estão disponíveis para consulta no site.