CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO INFANTIL: CAMPOS DE EXPERIÊNCIA, DIREITOS E DESEJOS DE APRENDIZAGEM
Resumo
O artigo analisa as possibilidades de construção de um currículo para creches e pré-escolas que, de acordo com as prerrogativas legais de nosso país, deve ser organizado por campos de experiência. Sustentando por um quadro teórico que articula dos estudos do campo do currículo produzidos na interface com os estudos culturais na perspectiva pós-estruturalista de análise, com a teoria crítica da cultura de Walter Benjamin e com as pedagogias da infância e da educação infantil, o texto versa sobre as reais possibilidades de se construir um currículo a partir das experiências das crianças. Tal empreendimento é realizado a partir de dados gerados por meio de uma etnografia produzida na interlocução com crianças de cinco anos de idade e seu professor em uma Unidade Municipal de Educação infantil (UMEI), situada em Belo Horizonte, Minas Gerais. As notas do caderno de campo permitem compreender que ao se organizar situações educativas a partir dos desejos de aprendizagem das crianças, o currículo por campos de experiência revela a potencialidade de meninos e meninas e, de igual modo, evidencia importantes dimensões constitutivas da docência da Educação infantil.
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