AS PRÁTICAS EXTRATIVISTAS E A CONSTRUÇÃO DA RODOVIA TRANSAMAZÔNICA COMO DETERMINANTES NO DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO DE LÁBREA, NO AMAZONAS

  • Nilson Cesar Fraga Fraga Universidade Estadual de Londrina – UEL
  • Matheus Oliveira Martins da Silva Universidade Federal de Rondônia
  • Heloísa Fernanda Muniz Silva Universidade Estadual de Londrina

Resumo

O presente artigo versa sobre os dois principais determinantes no desenvolvimento socioeconômico da região amazônica, sendo eles o extrativismo vegetal, especialmente o da borracha (até a primeira metade do século XX), e o Programa de Integração Nacional, assinado pelo então presidente, Emílio Garrastazu Médici. Naquele contexto, o governo almejava alavancar o Norte/Nordeste do Brasil, com uma ligação nacional e continental, possível por meio da construção da Rodovia Transamazônica (BR-230). Este estudo, que enfatiza Lábrea, último município da BR-230 e resultado tanto do Ciclo da Borracha quanto da construção da rodovia, detém um longo histórico de migrações nordestinas, as quais pretendiam povoar a região Norte e suprir a escassez de mão-de-obra, mas que, de certa forma, determinaram seu desenvolvimento tardio e estático. Hoje, as atividades econômicas de Lábrea concentram-se nas mãos dos descendentes de um migrante cearense e, por isso, o município foi apelidado como “cidade dos Bodes”, numa alusão a monopolização da economia regional, ou seja, na acumulação de negócios atrelados a uma só família. Assim como não se pode dissociar as ondas migratórias na formação da identidade sociocultural dos municípios amazonenses, outro ponto indispensável é a questão indígena: população autóctone que sofreu um cruel trucidamento, cujas consequências permanecem e se multiplicam sobre aquele território até os dias atuais. Considerando as eventualidades, o objetivo do artigo é apresentar o subdesenvolvimento amazonense e as consequências na qualidade de vida dos moradores do município de Lábrea. São analisados dados coletados a partir do sistema de disposição de informações para pesquisadores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dados da Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação (SAGI) e do Atlas Brasil, que permitiram traçar um diagnóstico com informações sobre população, os índices de desenvolvimento humano, os de pobreza e extrema pobreza e programas de auxílio social.

Biografia do Autor

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Prof. Dr. do Curso de Geografia da Universidade Estadual de Londrina – UEL

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Bolsista de Doutorado da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) Código de Financiamento 001. Geógrafo. Doutorando no Programa de Pós Graduação em Geografia da Universidade Federal de Rondônia. Membro do Laboratório de Geografia, Território, Meio Ambiente e Conflito – GEOTMAC/UEL E-mail: oliveiramartins.matheus@gmail.com

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Bolsista de Iniciação Científica Bolsista de Iniciação Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Acadêmica do curso de Geografia da Universidade Estadual de Londrina, no Laboratório de Geografia, Território Meio Ambiente e Conflito – GEOTMAC/UEL. Estudante do Curso de Geografia da Universidade Estadual de Londrina. E-mail: heloisa.munizz@uel.br

Publicado
2024-03-31
Como Citar
FRAGA, Nilson Cesar Fraga; MARTINS DA SILVA, Matheus Oliveira; MUNIZ SILVA, Heloísa Fernanda. AS PRÁTICAS EXTRATIVISTAS E A CONSTRUÇÃO DA RODOVIA TRANSAMAZÔNICA COMO DETERMINANTES NO DESENVOLVIMENTO DO MUNICÍPIO DE LÁBREA, NO AMAZONAS. Revista Geopolítica Transfronteiriça, [S.l.], v. 8, n. 3, p. 10-32, mar. 2024. ISSN 2527-2349. Disponível em: <https://periodicos.uea.edu.br/index.php/revistageotransfronteirica/article/view/3429>. Acesso em: 29 abr. 2024.