TERRITÓRIOS EM DISPUTA – O ONTEM E O HOJE NA LUTA DE PESCADORES ARTESANAIS DO MÉDIO RIO AMAZONAS

  • Francisco Igo Said Pinheiro Universidade Federal do Amazonas-UFAM
  • Manuel de Jesus Masulo da Cruz Universidade Federal do Amazonas-UFAM

Resumo

A pesca é parte fundamental do campesinato amazônico. Estes sujeitos – camponeses-ribeirinhos - longe de quaisquer homogeneizações sociais, culturais, econômicas e políticas, dialeticamente convergem e divergem dos interesses do grande capital, criando alternativas de preservação da natureza materializados no seu modo de vida. Uma das principais iniciativas do campesinato consiste nos Acordos de Pesca, amplamente discutidos na década de 1980, sobretudo no Amazonas no contexto do baixo estoque pesqueiro resultantes da exploração da ictiofauna a partir do período colonial. Mobilizado pela Igreja Católica e pescadores artesanais, os acordos tinham como pressupostos o domínio e gestão de seus territórios através do exímio conhecimento ecológico. Na comunidade São João do Araçá, pertencente ao complexo lacustre do Rio Arari, em Itacoatiara/AM, o Acordo de Pesca existe há mais de 20 anos e o principal gargalo enfrentado pelos camponeses defronta-se a inércia dos órgãos ambientais na implementação de políticas de Estado dedicadas ao desenvolvimento dessas tecnologias de baixo impacto ambiental, bem como o fortalecimento do monitoramento da indústria pesqueira, principal responsável pela invasão de lagos no Amazonas.

Biografia do Autor

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Geógrafo, mestrando do Programa de Pós-graduação em Geografia (PPGEOG-UFAM), Bolsista FAPEAM.

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Doutor em Geografia e Professor Associado da Universidade Federal do Amazonas – UFAM, Departamento de Geografia – DEGEOG.

Publicado
2024-03-08
Como Citar
SAID PINHEIRO, Francisco Igo; MASULO DA CRUZ, Manuel de Jesus. TERRITÓRIOS EM DISPUTA – O ONTEM E O HOJE NA LUTA DE PESCADORES ARTESANAIS DO MÉDIO RIO AMAZONAS. Revista Geopolítica Transfronteiriça, [S.l.], v. 8, n. 2, p. 54-72, mar. 2024. ISSN 2527-2349. Disponível em: <https://periodicos.uea.edu.br/index.php/revistageotransfronteirica/article/view/3391>. Acesso em: 27 abr. 2024.