A ARTE DE FAZER COMO PATRIMÔNIO IMATERIAL

  • Raimundo Expedito dos Santos Sousa

Resumo

Nas ?ltimas d?cadas, o revigoramento do interesse pelo passado implica o investimento discursivo na mem?ria, deposit?ria do afeto pela reten??o da experi?ncia hist?rica, esvaziada de sentido frente ?  vertiginosa obsolesc?ncia que notabiliza a sociedade contempor?nea. Contudo, uma vez que a "mem?ria oficial"?, assentada no dilema entre a lembran?a e o recalque, possui car?ter excludente, tornam-se politicamente significativas mem?rias disjuntivas como as manifesta??es populares, capazes de apresentar formas contra-hegem?nicas de articula??o identit?ria. Nesse diapasão, este trabalho concebe a imaterialidade como necess?rio alargamento do conceito de patrim?nio, uma vez que democratiza a participa??o de diferentes estratos sociais na organiza??o da cultura. Assim, este trabalho procede a um estudo em torno do patrim?nio intang?vel, com enfoque em uma das express?ees da cultura imaterial peculiares ?  microrregi?o do M?dio Piracicaba, Minas Gerais: a arte de preparar a goiabada-casc?o, guloseima popular nessa microrregi?o, sobretudo em Bar?o de Cocais. O preparo do doce constitui uma esp?cie de argamassa social, pois sedimenta v?nculos de pertencimento por meio da transmiss?o intergeracional de conhecimentos culin?rios e da realiza??o de festas que avigoram o liame entre os cidad?os.

Publicado
2017-01-01
Como Citar
SOUSA, Raimundo Expedito dos Santos. A ARTE DE FAZER COMO PATRIMÔNIO IMATERIAL. ContraCorrente: Revista do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas, [S.l.], n. 9, jan. 2017. ISSN 2525-4529. Disponível em: <https://periodicos.uea.edu.br/index.php/contracorrente/article/view/738>. Acesso em: 30 abr. 2024.