COVID-19, MUSEUS DE CIÊNCIAS E INOVAÇÕES NO AMBIENTE VIRTUAL: UM ESTUDO DE RECEPÇÃO DE INVASORES
Resumo
Embora a humanidade já tivesse experimentado outras pandemias ao longo da história, o mundo foi pego de surpresa no início de 2020 com a pandemia de Covid-19. Diante do necessário isolamento físico, os museus de ciências tiveram que adaptar suas ações para se comunicar com o público. O Museu da Vida Fiocruz (MVF) produziu lives, peças e webséries no ambiente virtual, entre as quais Invasores. A websérie resultou da adaptação de uma peça para a linguagem audiovisual. Apresentamos aqui os resultados de um estudo de recepção de Invasores exibida em formato de filme no MVF para 182 alunos da rede pública de ensino do Rio de Janeiro. Para a coleta de dados, foram utilizados fichas de observação e questionários. Nossa análise indica que Invasores teve uma recepção positiva por parte dos visitantes, que destacaram seu caráter cômico, o tema abordado e a linguagem visual utilizada. A atividade também gerou reflexões sobre a vacinação. Concluímos, assim, que os esforços do MVF de inovar diante dos desafios apresentados pela Covid-19 foram bem-sucedidos e que o audiovisual se apresenta como uma alternativa potente para os museus de ciências.
Referências
ALMEIDA, C.; RAMALHO, M.; AMORIM, L. O novo coronavírus e a divulgação científica. Agência Fiocruz de Notícias. Opinião. Rio de Janeiro, 2020.
ARCHER, L. et al. “Science capital”: A conceptual, methodological, and empirical argument for extending bourdieusian notions of capital beyond the arts. J Res Sci Teach, v.52, p. 922-948, 2015.
BOERNER, S., & JOBST, J. Enjoying theatre: The role of visitor’s response to the performance. Psychology of Aesthetics, Creativity and the Arts, v.7, n.4, p.391–408, 2013.
BOLETINS EPIDEMIOLÓGICOS. MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2022. VOLUME 53 Disponível em:
CABRAL, E. da C. O público potencial escolar do Museu da Vida: um estudo exploratório em escolas da zona norte da cidade do Rio de Janeiro. 2018. 94f. Dissertação (Mestrado em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde) – Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2018.
CANNABRAVA, M. Museu da Vida se reinventa durante a pandemia. Museu da Vida, Rio de Janeiro, 27 de maio de 2020. Disponível em:
CARNEIRO, L. M. A construção do espectador teatral contemporâneo. Revista Sala Preta, v.17, n.1, p.20-47, 2017.
COUTINHO, S. dos R. O uso das mídias sociais por centros e museus de ciência: a comunicação interativa entre as instituições e seus públicos. 2020. 108f. Dissertação (Mestrado em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde) – Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2020.
DE FREITAS, Thatyana Pimentel Rodrigo et al. Museus de ciências em tempos de pandemia: uma análise no instagram do museu da vida. Revista Práxis, v. 12, n. 1sup, 2020.
DESGRANGES, F. A pedagogia do espectador. São Paulo: Hucitec; 2015.
GIBBS, G. Análise de dados qualitativos. Porto Alegre: Artmed, 2009.
MARTÍN-BARBERO, J. Dos Meios às Mediações: comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1997.
MOLINA, W. F. Adolescência e(m) teatro: um estudo da recepção teatral dos adolescentes em relação ao espetáculo Adolescer. 2011. 73f. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso de Teatro) – Departamento de Arte Dramática, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2011.
RIBEIRO, A.; MASSARANI, L.; FALCÃO, D. Veio para ficar? O uso das mídias sociais por centros e museus de ciências brasileiros diante da pandemia de covid-19. Revista Ciências & Ideias, v.13, n.3, p. 120-139, 2022.
SCHUELER, P. Infecção por sarampo aumentou em 2019. Portal Fiocruz, Rio de Janeiro, 17 de novembro de 2020. Disponível em:
SILVA, A. F. Pandemia, museu e virtualidade: a experiência museológica no “novo normal” e a ressignificação museal no ambiente virtual. Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, v. 29, 2021.
WENDELL, N. Cuida bem de mim: teatro, afeto e violência nas escolas. Ilhéus: Editus, 2009.
