PRINCÍPIOS ORIENTADORES DE EDUCAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE EM CONTEXTOS URBANOS

Resumo

O foco deste artigo incide sobre a definição de princípios orientadores de educação para a sustentabilidade em contextos urbanos, a partir da apresentação e discussão dos principais resultados de estudo realizado em duas cidades da Região Sul do Brasil. Quando uma cidade educa para a sustentabilidade? A partir dessa questão-guia, aliada à artesania intelectual e entrevistas compreensivas, os três princípios orientadores foram identificados, configurando-se como principal contribuição conceitual do artigo. O primeiro princípio sugere que uma cidade precisa implementar uma educação ambiental consistente, promovendo a pesquisa, além de criar e implementar políticas de educação para a sustentabilidade a partir de programas e projetos. O segundo princípio ressalta a importância da vontade e do desejo dos governantes locais para que a cidade seja sustentável. O terceiro se refere à sensibilização, que favorece o sentimento de pertencimento ao lugar, a fluidez da comunicação e o acesso populacional à informação e a novos conhecimentos.


 

Biografia do Autor

##submission.authorWithAffiliation##

Doutora em Educação pela Universidade do Rio dos Sinos - UNISINOS; Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul PUCRS; Especialista em Educação Ambiental pela Universidade Federal de Rio Grande -FURG; Especialista em Psicopedagogia pelo Instituto Brasileiro de Pós - Graduação - IBPEX; Graduada em Pedagogia pela Universidade da Região da Campanha- URCAMP; Cursou o magistério no Colégio Santa Teresa de Jesus. É Assessora Pedagógica na Secretaria Municipal de Educação - SMED, no município de São Leopoldo, coordenando o Programa Educação para a Sustentabilidade na Cidade - PESC. É integrante do Conselho Municipal do Meio Ambiente / COMDEMA/ São Leopoldo, no Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional COMSEA/ São Leopoldo. Participa do Grupo de Pesquisas em Educação, Diversidade e Cidadania (CNPQ) - UNISINOS. Integrante da REDE ARAUCÁRIAS de Educação Ambiental dos Campos de Cima da Serra e Hortênsias - UERGS. Colaboradora no Grupo Escuta Poética - UFRGS. Tem interesses de pesquisa em temas relacionados a Educação Ambiental, Iniciação Científica, Escolas Sustentáveis, Ambientalização, Políticas Públicas, Urbanismo, Desigualdades e Cidades Sustentáveis.

##submission.authorWithAffiliation##

Coordenador Executivo do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Professor no Programa de Pós-Graduação em Educação onde orienta mestrado e doutorado na linha de pesquisa Educação, Desigualdades e Inclusão. Integra também o corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da mesma instituição. Líder do Grupo de Pesquisas em Educação, Diversidade e Cidadania (CNPQ). Licenciado em Pedagogia pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (2005), Mestre (2008) e Doutor (2012) em Ciências Sociais pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Parecerista ad hoc de periódicos nacionais e internacionais. Investiga principalmente os seguintes temas: escola e cidadania; expressões culturais e territórios; interculturalidade e educação de imigrantes e refugiados.

Referências

ACSELRAD, H. Sustentabilidade: a retórica esvaziada [Entrevista cedida a Ciência Hoje]. Ciência Hoje, Florianópolis, v. 51, n. 305, p. 6-8, jul. 2013. Disponível em: https://cienciahoje.periodicos.capes.gov.br/storage/ acervo/ch/ch_305.pdf. Acesso em: 18 nov. 2020.

AKKARI, Abdeljalil. A agenda internacional para educação 2030: consenso “frágil” ou instrumento de mobilização dos atores da educação no século XXI?, Revista Diálogo Educação, Curitiba, v. 17, n. 53, p. 937-958, 2017.

ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE CIDADES EDUCADORAS (AICE). Carta das cidades educadoras. Barcelona, 1990. Disponível em: https://cidades educadoras.org.br/wp-content/uploads/2016/06/carta-cidades-educadoras-barcelona.pdf. Acesso em: 24 fev. 2019.

BECK, Ulrich. A metamorfose do mundo: novos conceitos para uma nova realidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2018.

BECK, Ulrich. Risk society. London: Sage Publications, 1992.

BORGES, Carla. Espaços educadores sustentáveis. TV Escola. Salto para o Futuro: 2011.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Aqui é onde eu moro, aqui nós vivemos: escritos para conhecer, pensar e praticar o Município Educador Sustentável. Brasília, DF: MMA, Programa Nacional de Educação Ambiental, 2005.

BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Coordenação Geral de Educação Ambiental: Ministério do Meio Ambiente, Departamento de Educação Ambiental. Vamos cuidar do Brasil: conceitos e práticas em educação ambiental na escola. UNESCO: 2007.

BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Secretaria de Educação Continuada, alfabetização, Diversidade e Inclusão, Ministério do Meio Ambiente. Vamos cuidar do Brasil com escolas sustentáveis: educando‐nos para pensar e agir em tempos de mudanças socioambientais globais. Brasília: 2012.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente (MMA). Agenda 21 Local. Ministério do Meio Ambiente. Brasília, DF, 2019g. Disponível em: http://www.mma.gov.br/ responsabilidade-socioambiental/agenda-21/agenda-21-local.html. Acesso em: 04 fev. 2019.

CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. Educação para sociedades sustentáveis e ambientalmente justas. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, Rio Grande, v. 1, 2008.

CAVALCANTE, Sylvia; ELALI, Gleice. Temas básicos em psicologia ambiental. Petrópolis: Vozes, 2011.

COLOMBO. Secretaria do Meio Ambiente. Colombo caminhos para uma cidade sustentável. Colombo, PR: Secretaria do Meio Ambiente. 2011.

COLOMBO. Secretaria do Meio Ambiente. Diretrizes curriculares municipais de educação ambiental. Concepção e elaboração: Valdir Nogueira. Colaboração Sônia Maria Marchiorato Carneiro. Colombo, PR: Secretaria de Meio Ambiente: SEMMA, 2017.

DUBET, François. Entrevista com François Dubet Estigmas e discriminações – a experiência individual como objeto. Educação, Porto Alegre, v. 38, n. 1, 2015.

DUBET, François. Sociologia da experiência. Lisboa: Instituto Piaget, 1994.

FÓRUM INTERNACIONAL DAS ONGS. Tratado de Educação Ambiental para sociedades sustentáveis e responsabilidade global. In: FÓRUM INTERNACIONAL DE ORGANIZAÇÕES NÃO-GOVERNAMENTAIS E MOVIMENTOS SOCIAIS, NO ÂMBITO DO FÓRUM GLOBAL – ECO-92. Tratado das ONGs. Rio de Janeiro: Eco, 1992. Disponível em: http://portal. mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educação ambiental/ tratado.pdf. Acesso em: 08 jan. 2019.

GADOTTI, Moacir. Educar para a sustentabilidade: uma contribuição à década da educação para o desenvolvimento sustentável. São Paulo: Livraria Instituto Paulo Freire, 2008.

GRANDISOLI, Edson et al. Educar para a sustentabilidade: visões de presente e futuros. São Paulo: Na Raiz, 2020.

GROHE, Sandra L. S Escolas sustentáveis: três experiências no município de São Leopoldo – RS. 2015. Dissertação (Mestrado) -- Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Faculdade se Educação Programa de Pós-Graduação em Educação, 2015, Porto Alegre.

GROHE, Sandra L. S. Cidades Sustentáveis: Princípios Orientadores de Educação para a Sustentabilidade em Contextos Urbanos. 2021. 251 f. Tese (Doutorado em Educação) - Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade do Vale dos Sinos ( UNISINOS), São Leopoldo, 2021. Disponível em: http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9735. Acesso em: 20 set. 2021.

HAESBAERT, Rogério. Viver no limite: território e multi/transterritorialidade em tempos de in-segurança e contenção. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2014.

HERCULANO, Monica. Bernardo Toro defende ética e mobilização social para a construção do público. [S. l.]: GIFE, 2005.

JACOBI, Pedro Roberto. Educação ambiental, cidadania e sustentabilidade. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 118, 2003.

JACOBI, Pedro Roberto. Impactos socioambientais urbanos – do risco à busca de sustentabilidade. In: MENDONÇA, Francisco (org.). Impactos socioambientais urbanos. Curitiba: Ed. UFPR, 2004.

KAUFMANN, Jean-Claude. Entrevista compreensiva: um guia para pesquisa de campo. Petrópolis: Vozes, 2013.

LOPES, Alberto. Políticas públicas para cidades sustentáveis: integração intersetorial, federativa e territorial. Rio de Janeiro: IBAM: MCTI, 2016.

MARQUES, Eduardo. Condições habitacionais e urbanas no Brasil. In: ARRETCHE, Marta (org.). Trajetórias das desigualdades: como o Brasil mudou nos últimos cinquenta anos. São Paulo: Ed. Unesp/CEM, 2015.

MILLS, Charles Wright. Sobre o artesanato intelectual e outros ensaios. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 2009.

MOLL, Jaqueline. A Cidade Educadora como Possibilidade: apontamentos. In: TOLEDO, Leslie; FLORES, Maria Luiza Rodrigues; CONZATTI, Marli (Org.). Cidade Educadora: a experiência de Porto Alegre. São Paulo: Editora Cortez, 2004. V. 2. P. 39-46.

SACHS, Ignacy. A terceira margem: em busca do ecodesenvolvimento. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

SÃO LEOPOLDO. Lei nº 6493, de 17 de dezembro de 2007. Disponível em: https://leismunicipais.com.br/a/rs/s/sao-leopoldo/lei-ordinaria/2007/650/6493/lei-ordinaria-n-6493-2007-estrutura-o-plano-municipal-de-gestao-integrada-das-sub-bacias-do-rio-dos-sinos-e-da-outras-providencias-2010-10-29-versao-consolidada. Acesso em: 20 setembro 2021.

SARLO, Beatriz. A cidade vista: mercadorias e cultura urbana. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2014.

STEIL, Carlos Alberto; CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. Epistemologias ecológicas: delimitando um conceito. Mana, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1, 2014.

TRAJBER, Rachel; SATO, Michèle. Escolas sustentáveis: incubadoras de transformações nas comunidades. Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, v. especial, 2010.

VINTRÓ, Eulàlia. Educação, escola, cidade: o Projeto Educativo da cidade de Barcelona. In: GÓMEZ-GRANELL, C.; VILA, I. (org.). A cidade como projeto educativo. Porto Alegre: Artmed, 2003.
Publicado
2022-01-30
Como Citar
GROHE, Sandra Lilian Silveira; DA SILVA, Rodrigo Manoel Dias. PRINCÍPIOS ORIENTADORES DE EDUCAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE EM CONTEXTOS URBANOS. Revista Vagalumear, [S.l.], v. 2, n. 2, p. 91-105, jan. 2022. ISSN 2763-9916. Disponível em: <https://periodicos.uea.edu.br/index.php/rv/article/view/2333>. Acesso em: 28 mar. 2024.