REPRESENTAÇÕES AMAZÔNICAS DESDE AS DROGAS DO SERTÃO À REPRIMARIZAÇÃO DA ECONOMIA DO SÉCULO XXI: NOTAS SOBRE ESPAÇO E TEMPO NA ECONOMIA AMAZONENSE
REPRESENTATIONS OF THE AMAZON FROM THE DRUGS OF THE SERTÃO TO THE REPRIMARIZATION OF THE ECONOMY IN THE 21ST CENTURY: NOTES ON SPACE AND TIME IN THE AMAZONIAN ECONOMY
Resumo
O presente texto discorre sobre a dimensão espaço-tempo da economia amazonense a partir das representações amazônicas, principalmente sobre aquela que considera o espectro do simbólico proveniente das suas potencialidades naturais, da sua sociobiodiversidade, desde a colonização portuguesa até aos novos formatos da inserção econômica. Concatenada à exuberante natureza, um simbólico de riqueza a ser explorada, o estado do Amazonas, vem desde o século XVII conjugando-se às demais amazônias pelos ditames da exploração de seus produtos florestais e demais bens naturais, atrelados, primordialmente, ao fato de que é um estado também com vasta riqueza passiva de mercadificação por agentes que operam em ordem global, perpetuando o Amazonas na escala internacional da economia. Assim, tem-se que a comercialização dos produtos florestais no estado do Amazonas remonta à chegada dos portugueses aviltados com o comércio das especiarias implicando em uma leitura do passado-presente que se reproduz desde as drogas do sertão, com a exportação de baixo conteúdo tecnológico e limitados valores agregados regionalmente que reproduzem ampliadamente a condição de periferia deste território. Em suma, tem-se que a importância comercial dos insumos florestais no estado do Amazonas não só é a mesma, como agora é incrementada pelos aportes científicos e tecnológicos da biotecnologia, ou seja, a importância se eleva pelo potencial valor agregado.
