A Teologia da Libertação, o Ambientalismo e as Unidades de Conservação no Amazonas

  • NELISSA PERALTA UFPA

Resumo

O trabalho apresenta o contexto da sociogênese do movimento de preservação de lagos na região de Tefé, Amazonas, bem como sua relação com a decretação de unidades de conservação na região. Usando uma abordagem qualitativa, fizemos uma revisão documental e realizamos entrevistas abertas com interlocutores que participaram dos movimentos sociais que deram origem ao ambientalismo na região. Investigamos a influência da ala progressista da igreja católica e sua teologia da libertação para a formação das comunidades locais, do reordenamento do território, do movimento de preservação de lagos e consequente decretação de unidades de conservação de uso sustentado, modelo de conservação que inclui as populações locais como atores centrais no processo de gestão e governança do território e a união entre objetivos de conservação e desenvolvimento social, não só como método de aceitação popular, mas também como força motriz de consolidação das áreas protegidas. Na conclusão, mostramos como o contexto sociopolítico da conservação em seus diversos níveis foi favorável ao estabelecimento dessa categoria de Unidade de Conservação e da ideia de manejo participativo.

Publicado
2022-12-23
Como Citar
PERALTA, NELISSA. A Teologia da Libertação, o Ambientalismo e as Unidades de Conservação no Amazonas. ContraCorrente: Revista do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas, [S.l.], n. 18, p. 103-128, dez. 2022. ISSN 2525-4529. Disponível em: <https://periodicos.uea.edu.br/index.php/contracorrente/article/view/2543>. Acesso em: 22 dez. 2024.