O derretimento da coletividade e a obstinação do individualismo
Resumo
Esta análise propõe-se a discutir o tema em epígrafe apoiada em teses como as de Stuart Hall, sobre o processo de concepção do sujeito sociológico e suas interações com o mundo por ele habitado, sob o desenho de traços culturais como valores, sentidos e símbolos, bem como na perspectiva da modernidade líquida cunhada por Zigmunt Bauman, que apresenta a sociedade em um estado de liquefação de suas relações sociais, ao mesmo tempo que aponta para a obstinação do individualismo e do engodo sob o pretexto do progresso e da modernidade, numa ordenação social pautada pelo capital, que acarreta implicações diretas nas relações sociais e conduz a um esfriamento dessas relações, implicando um déficit de solidariedade e de outros comportamentos societários, que findam por ser corroídos por esta nova ordem, assentada na supremacia da corrente individualista sobre e em detrimento de uma ordem coletivista.